By using this site, you agree to the Privacy Policy and Terms of Use.
Aceitar
  • Página Inicial
  • SAC
  • Quem somos
  • Fale Conosco
  • Denuncie
  • Fale com o colunista
Hermenêutica Política
  • Menu
    • Revista HP
    • Publicações
      • Política Nacional
      • Política Internacional
      • Sociologia
      • Ciência Política
      • Economia
      • Entretenimento
      • Filosofia Política
    • Vídeos e entrevistas
    • Indicações
Leitura: Decifrando a política externa de Donald Trump, e o erro que pode custar a reeleição
Pesquisar
Hermenêutica PolíticaHermenêutica Política
Redimensionador de fontesAa
Search
  • Home
  • Política Nacional
  • Política Internacional
  • Sociologia
  • Ciência Política
  • Economia
  • Vídeos e entrevistas
  • Entretenimento
  • Filosofia Política
  • Indicações
  • SAC
  • Denuncie
  • Fale Conosco
  • Fale com o colunista
Já possui uma conta? Entrar
Siga-nos
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Início » Colunas » Decifrando a política externa de Donald Trump, e o erro que pode custar a reeleição
Eleições

Decifrando a política externa de Donald Trump, e o erro que pode custar a reeleição

Rodrigo Bueno
Última atualização: setembro 19, 2019 3:42 pm
Rodrigo Bueno 8 minutos de leitura
Compartilhar

Donald Trump tem sido até então um excelente presidente na minha avaliação,  a economia americana está em seu melhor momento em décadas, a China passou a ser enfrentada, a Coréia do Norte não é mais uma preocupação tão grande e o ISIS perdeu quase todo o seu território. Entretanto Trump cometeu um erro na semana passada que pode custar a sua reeleição. Sua política externa cometeu um deslize terrível que custou a cabeça de John Bolton, um dos grandes ícones do Neo-Conservadorismo (o próximo artigo será sobre as variações do pensamento conservador). A demissão de Bolton é um erro em duas frentes, primeiro Trump perde um grande nome na área e segundo que a demissão foi injusta pois o ex conselheiro de segurança nacional que estava certo e não o presidente.

Bolton foi figura importante nos governos Reagan ( 1981-1989 ) e Bush Filho ( 2001-2009) e sua demissão sinaliza que Trump irá terminar o primeiro mandato sem uma doutrina clara de política externa, isso já custou um mandato a um republicano antes, George Herbert Walker Bush perdeu a reeleição para Bill Clinton muito por causa da política externa e isso pode soar estranho no Brasil em que as relações exteriores ocupam papel coadjuvante no debate público, Já  nos Estados Unidos governantes ascendem e caem devido a ela.

Mas afinal de contas o que é a política externa? a explicação mais didática possível é que ela é a vertente prática das Relações Internacionais, ela estuda e analisa o como os Estados se posicionam frente aos variados temas, enquanto a análise de política externa se preocupa com o porque os Estados optam por posicionamento X ou Y . Já teoria de relações internacionais explica de forma conceitual quais serão os instrumentos, e em quais circunstâncias esses instrumentos serão utilizados, a junção desses três campos forma em Strictu Sensu as Relações Internacionais.

Pela explicação do que é o campo epistemológico da política externa já se nota a sua relevância não só nos Estados Unidos mas em qualquer país que possa ser considerado dentro do sistema internacional de Estados como grande potência. Especificamente nos Estados Unidos existem 4 tradições de política externa, duas obras se destacam como fundamentais para entender esse ponto, American Credo (2007) de Michael Foley e Special Providence (2002) de Walter Russell Mead.

As 4 tradições são:

1-Hamiltonianismo: Alexander Hamilton não ocupou nenhum cargo executivo, mas sua forte presença na administração de George Washington o tornou um dos símbolos da política externa americana, sua máxima era de que a responsabilidade mais importante do governo é preservar e promover a saúde das empresas americanas tanto dentro quanto fora, essa tradição também se liga a ideia de relacionamento especial entre os Estados Unidos e a Inglaterra, colocando que essa proximidade entre as duas potências é a grande responsável por manter a riqueza e o poder americano através dos anos.

2-Jeffersonianismo: Baseado nas idéias de Thomas Jefferson, os seguidores dessa tradição desejam celebrar e proteger aquilo que seria um valor particular das américas, o amor pela liberdade e pela democracia, ele acreditava na expansão dos Estados Unidos através de negociações comerciais junto aos países da europa para evitar guerras de conquista.

3-Jacksonianismo (Trump): Essa tradição deriva de Andrew Jackson, e também dos chamados folkways, esse termo foi introduzido por William Graham Sumner (1906) e assim como o título do livro demonstra, significa o estudo da importância social dos usos, maneiras, costumes, morais e normas.  Segundo Sumner, os folkways tem uma função importantíssima na compreensão das sociedades pois diz respeito a repetição dos costumes nos grupos sociais que através da passagem de bastão geracional conseguem exercer pressão na conduta social dos indivíduos e com isso organizar um sistema social coerente. Os seguidores de Jackson também acreditam em lealdade, na valorização dos militares e em uma justiça retributiva, partindo do pressuposto que a punição quando proporcional, consegue oferecer maiores benefícios psicológicos a vitima e a sociedade, também costumam ser isolacionistas, mas se forçados a partir para uma guerra, irão usar de qualquer meio para ganhar.

4-Wilsonianismo: Nas Relações Internacionais essa talvez seja a teoria mais famosa. Essa visão é baseada em uma suposta capacidade messiânica dos Estados Unidos, que seria a missão de ampliar o acesso a democracia e a liberdade, e além da crença de que democracias sempre serão parceiros melhores do que tiranias e monarquias por ser mais confiáveis. De acordo com Mead essa visão de espalhar a democracia é a maior responsável pelo anti-americanismo.

É importante salientar que as 4 tradições da política externa americana não estão totalmente relacionadas ao partido que governa, pois a escolha da política externa é independente frente ao governo ser republicano ou democrata, afinal os dois partidos já tiveram histórico isolacionista e intervencionista.

Qual foi o grande erro de Trump? A demissão de John Bolton, Bolton claramente estava certo na circunstância em questão, Trump havia convidado para Camp David (casa de campo do presidente dos EUA) a liderança do Talibã nas vésperas da data que marcou 18 anos do 11/09 , Não é só o timing que está errado, mas o próprio fato de aceitar negociar com terroristas, contrariando uma tradição americana extremamente forte, ainda mais entre os republicanos. Bolton se opunha ao plano de Trump, que acabou cancelado devido a morte de um soldado americano em solo afegão no atentado terrorista que vitimou onze pessoas no dia 7 de setembro, Trump considerou que a execução de atentados pelo Talibã durante as negociações de cessar fogo foi uma situação que impediria qualquer possiblidade de acordo, ao menos por agora

Ao tomar tal atitude e demitir John Bolton, Trump demonstra que apesar da retórica inflamada ainda pode acabar aceitando negociações para a retirada de soldados no Afeganistão, mostrando um isolacionismo, o que faz sentido dentro da tradição jacksoniana, mas pode custar o apoio dos republicanos, especialmente os Neo-Conservadores, se o vencedor das prévias democratas for um moderado como o ex vice presidente Joe Biden, este assunto poderá voltar durante as eleições caso Biden puxe as cordas certas provavelmente irá vencer e com apoio de parte dos republicanos. Entretanto os republicanos não irão abandonar Trump, caso o rival venha de uma ala mais extremista do partido democrata como Bernie Sanders ou Elizabeth Warren. As últimas pesquisas realizadas pelo jornal Washington Post em julho indicam que Trump tem grandes chances de se reeleger se o adversário for qualquer um que não seja Joe Biden.

MARCADO:Decifrando a política externaDonald TrumpO erro que pode custar a reeleição
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter E-mail Copiar link Imprimir
Por Rodrigo Bueno
Rodrigo Bueno é bacharel em Relações Internacionais pelo Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (IBMEC). Pós graduado em Inteligência e Contra Inteligência pela Associação Brasileira de Estudos de Inteligência e Contra Inteligência (ABEIC/CSABE). Mestrando em Política Internacional ( PUC Minas ). Seu foco principal de estudos é a área da Política Internacional, Filosofia Política e Ciência Política. Lattes: http://lattes.cnpq.br/3687844525565262
Artigo anterior O 11 de Setembro, o erro dos liberais e a profecia de Huntington
Próximo artigo A Democracia e a revolta do povo brasileiro contra a Suprema Corte

Em alta

Os desafios de Emmanuel Macron em sua histórica reeleição.

Por Rodrigo Bueno

Cadastre-se

Inscreva-se gratuitamente em nossa página para receber atualizações, enviar comentários e participar dos nossos fóruns de discussão.
Clique aqui!

6 meses do governo Biden: Análise

4 anos atrás

STF rastreará redes sociais e monitorará usuários

1 ano atrás

You Might Also Like

Política Internacional

Entre a simbologia e a prática.

3 meses atrás

Donald Trump, um presidente de ruptura

5 anos atrás
Política Internacional

As eleições e o futuro da América: o que esperar?

5 anos atrás
Política Internacional

Kamala Harris vence Trump em um debate desigual

1 ano atrás

Institucional

  • Cadastre-se
  • Quem somos
  • Políticas & Termos

Publicações

  • Ciência Política
  • Economia
  • Empreendedorismo
  • Entretenimento
  • Filosofia Jurídica
  • Filosofia Política
  • História Geral
  • Indicações
  • Periódicos
  • Política & Espiritualidade
  • Política Internacional
  • Política Nacional
  • Sociologia
  • Vídeos e entrevistas

Atendimento

  • SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente)
  • Fale Conosco
  • Denuncie
  • Fale com o colunista

© Hermenêutica Política – Todos os direitos reservados

Welcome Back!

Sign in to your account

Nome de usuário ou endereço de e-mail
Senha

Perdeu sua senha?