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Política Internacional

Caught In The Middle

Rodrigo Bueno
Última atualização: julho 14, 2025 2:34 pm
Rodrigo Bueno 9 minutos de leitura
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Normalmente não utilizo elementos metafóricos e alegóricos em meus textos, entretanto dessa vez terei que abrir uma exceção para explicar melhor a posição em que Donald Trump se encontra no momento. O Título desse artigo Caught In The Middle ( a tradução seria algo como sinuca de bico) é a quarta faixa do álbum Holy Diver, primeiro trabalho solo do vocalista de Heavy Metal americano Ronnie James Dio. O conteúdo lírico da faixa trata de um conflito entre ser quem você é e quem você gostaria de ser, trechos da letra falam sobre uma espécie de auto exploração da sua identidade como “ Looking inside of yourself, you might see someone you don´t know” ( Olhando dento de si mesmo, você pode encontrar alguém que não conhece) outras partes da música  tratam de como a tomada de decisão em algumas circunstâncias irá definir o seu legado “You can sail away to the Sun… And let it burn you while it can, Or walk a long bloody road like the hero who never ran” ( Você pode navegar até o sol… e deixar que ele o queime, ou caminhar por um caminho sangrento como um herói que nunca foge )

Ocupar a presidência dos Estados Unidos da América representa ao mesmo tempo o maior poder que se pode ter em toda a arena Política Internacional, mas também a maior responsabilidade, Donald Trump parece, em seu quinto ano de presidência, finalmente começar a compreender qual é esse peso, embora ainda dê sinais dúbios como na sua insistência em desarranjar o comércio internacional. Entretanto sua decisão de atacar diretamente o programa nuclear iraniano no último sábado representa um shift em sua política externa tradicionalmente isolacionista e de forte inspiração jacksoniana. Trump publicamente conhecido como um admirador de William McKinley e Andrew Jackson agora parece se inspirar também em Theodore Roosevelt.

Trump já havia deixado sinais dúbios sobre seus slogans, “America First e Make America Great Again” . Em entrevistas recentes o presidente americano deixou claro que esses termos seriam mais maleáveis do que foram até então, e isso não é uma fraqueza, muito pelo contrário, mas uma diversificação da inserção externa americana sob Trump. Permitindo que ao invés de seguir uma das quatro doutrinas tradicionais da política externa americana ( Hamilton, Jackson, Wilson e Jefferson ). Trump consiga modelar a política externa do país conforme a necessidade do presente momento.

No momento parece que Trump redescobriu que os Estados Unidos ainda possuem o “Big Stick”. Desde a crise dos títulos sub-prime em 2008 se fala que o império americano entrou em declínio, se fala em “declínio controlado”, se fala em ordem multipolar, se exalta a ditadura comunista chinesa… Todos os anti-americanistas buscam esforços e contorcionismos retóricos para poder finalmente se livrar dos Estados Unidos enquanto superpotência. E ainda assim estamos aqui, vendo que o máximo que a Rússia e a China fizeram após os potentes ataques americanos contra o programa nuclear iraniano, foram emitir notas diplomáticas que mais se assemelhavam a notas de repúdio de times brasileiros contra a arbitragem em um fim de semana qualquer do campeonato brasileiro.

Entretanto nem tudo são flores para o presidente americano, Trump está num ponto de intercessão entre escolher priorizar a Política Internacional ou a Política Interna, mesmo que Trump esteja tentando transformar o que seus slogans políticos significam, sua base ainda é composta por jacksonianos, ou seja são eleitores que na prática ligam pouco ou nada para a Ordem Internacional e a Política Externa como observado por Walter Russell Mead na obra “ Uma Orientação Especial” (2001). O isolacionismo jacksoniano deriva de um tipo de visão excepcionalista dos Estados Unidos assim como ás demais, porém diverge nas questões de engajamento pois enxerga que os demais povos não deveriam se beneficiar desse excepcionalismo.

Os principais republicanos na câmara e no senado, alguns até que guardam desavenças com o presidente foram os primeiros a expressar apoio, mas o chamado baixo-clero trumpista  levantou ás suas objeções, a maioria republicana na câmara não é tão numerosa assim, logo parlamentares rebeldes podem ser uma pedra no sapato para a agenda legislativa interna. Ao mesmo tempo Trump parece estar reestabelecendo pontes com os Neoconservadores (grupo que deu ás cartas na Política Externa americana nos governos Reagan e Bush) e que funcionam basicamente como opostos dos Jacksonianos nas escolhas de política externa.

Os Neoconservadores derivam seu pensamento principalmente da obra de Leo Strauss e de Irving Kristol. Strauss dizia que “A crise do ocidente consiste no fato que o ocidente se tornou incerto sobre o seu propósito” (STRAUSS, 1964, p.3). O propósito que Strauss se refere é proteger os valores judaico-cristãos e respeitar os ensinamentos da filosofia política clássica grega, embora geopoliticamente falando a maior ameaça para o mundo seja sem dúvida alguma a China, culturalmente a maior ameaça é representada pelo regime Iraniano e seu contínuo financiamento do terrorismo a nível global. Se Edmund Burke estava certo quando disse que “A única coisa necessária para o triunfo do mal é que os bons homens não façam nada” ( BURKE, 1770)

Poucas coisas se assemelham mais com o mal absoluto do que um regime teocrático fundamentalista xiita possuindo armas nucleares, a comparação mais próxima seria talvez que Adolf Hitler tivesse conseguido o armamento antes dos patrióticos esforços de Robert Oppenheimer e os demais envolvidos no Projeto Manhattan.

O eixo do mal identificado por George W.Bush não desapareceu, talvez tenha até se fortalecido se aproveitando da inação americana especialmente sob Obama e em menor grau sob Biden.

Trump, inteligentemente, dessa vez colocou seus olhos na eternidade, levando em conta aquilo que chamo de “Responsabilidade Negativa da Superpotência” todos os seus erros do passado seriam perdoados pela História e por seus críticos caso ele se transforme no presidente que encerrou a ameaça de um irã com capacidade bélica-nuclear, Ronald Reagan não conseguiu, Bill Clinton ( o mais lúcido dos democratas ) também não, nem mesmo o Poderoso Chefão das intervenções militares George W.Bush conseguiu.

Ainda haverá tempo para discutir vários aspectos militares de uma possível ação em solo do território iraniano, quais ás retaliações possíveis de parte a parte e se haverá ou não mudança de regime… Mas o que ficou extremamente claro no último sábado é que o mundo é unipolar e que quando os Estados Unidos querem exercer o seu papel, nada nem ninguém pode impedi-lo.

Referências Bibliográficas

BURKE, Edmund. Thoughts on the Cause of the Present Discontents. 1770

EAST, John P. Leo Strauss and American Conservatism. Modern Age. V 21, Pp-2-19. 2012

MEAD, Walter Russell. Uma Orientação Especial. A Política externa norte-americana e sua influência no mundo. Rio de Janeiro. Biblioteca do Exército Editora. Rio de Janeiro. 2006

MARCADO:conservadorismoDonald Trumpestados unidos
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Por Rodrigo Bueno
Rodrigo Bueno é bacharel em Relações Internacionais pelo Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (IBMEC). Pós graduado em Inteligência e Contra Inteligência pela Associação Brasileira de Estudos de Inteligência e Contra Inteligência (ABEIC/CSABE). Mestrando em Política Internacional ( PUC Minas ). Seu foco principal de estudos é a área da Política Internacional, Filosofia Política e Ciência Política. Lattes: http://lattes.cnpq.br/3687844525565262
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