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Leitura: Lilia Schwarcz: Branca, Rica e Privilegiada, Contra a Mestiçagem Brasileira
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Início » Colunas » Lilia Schwarcz: Branca, Rica e Privilegiada, Contra a Mestiçagem Brasileira
História GeralSociologia

Lilia Schwarcz: Branca, Rica e Privilegiada, Contra a Mestiçagem Brasileira

Eduardo Carvalho
Última atualização: maio 20, 2025 8:26 pm
Eduardo Carvalho 8 minutos de leitura
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Lilia Schwarcz: “IBGE mostra como quase toda a população brasileira é miscigenada. Mas o padrão são homens europeus e mulheres africanas e indígenas. Somos mesmo descendentes do estupro!”

Schwarcz é uma das maiores referências da academia brasileira, recentemente escolhida para a Academia Brasileira de Letras, é constantemente citada nos cursos de História por todo o país, presença frequente na GloboNews, no UOL, na Folha de S.Paulo. É voz de uma das elites mais repugnantes do país: a elite cultural-midiatica-acadêmica identitária, a elite woke, uma elite movida por um profundo desprezo pelo Brasil real. Trata-se de um setor da antropologia brasileira tomado por um certo nojo do Brasil mestiço — nojo esse já denunciado por António Risério — e que, em figuras como Lilia, se manifesta também como aversão ao maior sociólogo da história do Brasil: Gilberto Freyre.

Daí decorre a redução da virtude brasileira — a mestiçagem — à ideia de estupro. Esses identitários são herdeiros intelectuais daquela mesma elite escravocrata e colonialista, a mesma que, na República Velha, tentou implementar uma política de branqueamento no país. Agora, essa elite reaparece, travestida de antirracista, disfarçada sob um discurso canalha, operando uma inversão retórica. Põem-se como defensores dos negros, mas pregam a segregação, importando modelos raciais do assim chamado, por eles, de imperialismo americano.

Trata-se da importação acrítica de uma reinterpretação da formação antropológica do Brasil sob a ótica estadunidense — sim, a ótica dos norte-americanos das Leis de Jim Crow, que no Brasil jamais teve paralelos diretos. Houve violência sexual no processo de mestiçagem no Brasil? Sim, mas como um elemento entre outros, e não como um padrão absoluto, como ocorre em qualquer processo histórico. A mestiçagem foi também criadora de formas culturais novas, de sínteses humanas autênticas. Reduzir tudo a estupro é apagar a história vivida pelo povo brasileiro e converter sua identidade em uma mácula, e não em uma virtude.

Essa visão que transforma a mestiçagem brasileira em um grande ato contínuo de violência estrutural revela mais sobre os preconceitos contemporâneos da intelligentsia progressista do que sobre a realidade histórica. A mestiçagem brasileira, longe de ser um simples resultado de estupro, foi também fruto de encontros culturais, afetivos, resistências mútuas, mediações simbólicas, alianças, trocas e construção de uma civilização peculiar, única, que não cabe nos esquemas binários importados de departamentos de estudos étnicos das universidades americanas.

Ao afirmar que “somos descendentes do estupro”, Lilia Schwarcz não apenas reduz toda a complexidade da formação brasileira a uma caricatura grotesca, mas também reafirma o próprio discurso colonial que ela diz combater. Afinal, qual é a diferença entre a negação da cultura mestiça feita pelos racistas do século XIX e a demonização da mesma cultura feita pelos racialistas de hoje? Ambas as visões compartilham um desprezo pela síntese, pelo encontro, pelo híbrido. Ambas odeiam a possibilidade de que, na mistura, possa haver beleza, grandeza e criação.

Essa elite identitária, que domina a universidade, a imprensa e o sistema editorial brasileiro, promove um tipo de revisionismo histérico, moralista, que tenta reescrever a história nacional como uma sucessão ininterrupta de violências sem redenção. Recusam-se a ver o Brasil como algo que deu certo – ou que pelo menos teve momentos de profunda originalidade civilizacional. E fazem isso movidos por um ressentimento profundo, por um desejo de reconstruir o Brasil à imagem e semelhança dos departamentos de sociologia de Harvard e Berkeley. O resultado? Uma elite colonizada, arrogante, com diploma europeu e afeto imperialista, que odeia seu próprio povo.

Gilberto Freyre, em contraposição a essa lógica doentia, viu no Brasil um projeto de civilização nos trópicos. Um projeto imperfeito, claro – como toda obra humana – mas real, tangível, concreto. Freyre reconheceu as violências do passado, mas viu além delas. Enxergou que, da escravidão e da dominação, também emergiram relações culturais e humanas que desafiam os esquemas simplistas da vitimologia. Freyre entendeu o Brasil como um país de sínteses: o senhor e o escravo, o europeu, o africano e o indígena, numa convivência que, mesmo conflituosa, criou formas novas de vida, de linguagem, de religião, de sociabilidade.

Mas essa nova elite identitária não tolera síntese. Ela quer polarização, quer tribos, quer muros. Precisa de inimigos para justificar sua autoridade moral. É por isso que o discurso do “descendemos do estupro” serve tão bem ao seu projeto político: ele deslegitima o Brasil real e abre caminho para um Brasil imaginário, segregado, onde brancos e negros não se misturam, onde cada grupo é trancado em sua bolha histórica de culpa ou de ressentimento. Trata-se de um projeto regressivo, anti-nacional e, no fundo, profundamente elitista.

Essa elite woke odeia a igreja popular do interior, odeia o português falado no sertão, odeia as festas de São João – e ama os coletivos subsidiados com estética de galeria e dialeto acadêmico. Desprezam a tradição, a religiosidade, a família, a língua portuguesa em sua riqueza informal, os símbolos nacionais, e só enxergam valor no que passa pela chancela internacional de ONGs, think tanks globalistas ou universidades estrangeiras. São herdeiros intelectuais do complexo de vira-lata que Nelson Rodrigues denunciava, agora vestidos de progressistas e com vocabulário pseudociêntífico.

No fundo, o projeto dessa elite é claro: destruir o Brasil enquanto ideia de nação orgânica, unitária e enraizada. No lugar, desejam implantar um arquipélago de identidades ressentidas, monitoradas por tecnocratas e intelectuais que decidirão o que é ofensa, o que é verdade, o que é justiça. Um Brasil fragmentado, sem passado comum, sem língua comum, sem símbolos comuns, eternamente em guerra consigo mesmo. E tudo isso em nome da justiça, da equidade, da reparação.

Mas essa é a maior violência de todas: roubar do povo brasileiro sua própria história. Reduzir sua ancestralidade a um trauma intransponível. Apagar as possibilidades de conciliação e comunhão que, apesar de todas as feridas, ainda sobrevivem na memória popular. A mestiçagem não foi só dor. Foi também poesia, música, arquitetura, culinária, oração, festa e amor. Desprezar isso é desprezar o povo. É traí-lo em nome de um projeto que se pretende libertador, mas que nada mais é do que uma nova forma de colonialismo mental.

A crítica precisa ser feita, e sem medo: Lilia Schwarcz, e os que pensam como ela, não representam a nação brasileira. Representam uma bolha universitária, colonizada, ressentida, que tenta sequestrar a narrativa nacional para servir a interesses ideológicos alheios à realidade e à alma brasileira. A resposta a isso não está no ódio, mas na memória. Não na segregação, mas na comunhão. Não na vergonha do passado, mas na coragem de interpretá-lo com inteligência, com caridade e com amor ao Brasil real.

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